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REVIEW: Måneskin lança o álbum "Rush!" para o público internacional


O terceiro álbum de estúdio do Måneskin é divertido, despreocupado e cumpre seu papel. Um pouco menos profundo que o trabalho anterior, o disco promete prolongar o status adquirido pela banda nos últimos dois anos - frenéticos, diga-se de passagem; em que eles estiveram em todos os lados, dos festivais e programas de TV mais importantes do mundo ao topo das paradas musicais.


No "Rush!" as sonoridades britânicas (do Teatro D'Ira - vol. 1, por exemplo) e influências do ambiente norte-americano se misturam a grandes produtores musicais, e o resultado não poderia ser diferente: temos um "rock perfection". Não me entenda mal, não estou dizendo que o disco trabalha em apenas uma direção de Rock - é completamente o oposto: tem subgêneros para agradar todos os gostos dentro de 17 faixas, sendo uma delas em colaboração com o guitarrista Tom Morello (Rage Against The Machine).


Talvez todo esse sucesso seja ainda mais surpreendente para pessoas que, como nós, seguem artistas italianos e que nem sempre podem constatar resultados similares dos seus artistas favoritos. Para o resto do mundo, principalmente aos rockeiros mais saudosistas, eles podem parecer apenas "uma banda aleatória que apareceu por aí", as críticas podem ser válidas se vistas de fora, mas há um fato inegável: "Rush!", novo álbum da banda, já nasceu sendo um sucesso.






Faixas:

1. OWN MY MIND

2. GOSSIP (feat. Tom Morello)

3. TIMEZONE

4. BLA BLA BLA

5. BABY SAID

6. GASOLINE

7. FEEL

8. DON'T WANNA SLEEP

9. KOOL KIDS

10. IF NOT FOR YOU

11. READ YOUR DIARY

12. MARK CHAPMAN

13. LA FINE

14. IL DONO DELLA VITA

15. MAMMAMIA

16. SUPERMODEL

17. THE LONELIEST



O álbum se desenvolve na tentativa de tentar se desprender daquela visão "crua" e "orgânica" do último álbum e isso funciona bem, até mesmo em faixas que carregam a marca registrada do último projeto, como "LA FINE" e "Il Dono Della Vita" (confirmada como uma balada que estaria no disco precedente).


LA FINE foi uma das primeiras faixas inéditas do disco a serem lançadas (dezembro/2022), de forma que também foi uma das que mais rapidamente me envolveu em empolgação com uma faixa rock. Marca registrada do Måneskin.

A principal diferença do "Rush!" é exatamente não se apegar exageradamente ao passado: eles fazem música à la Måneskin (com baladas de cortar o coração, músicas divertidas e ao mesmo tempo cheias de distorção, e outras não tão sérias), mas não pretendem repetir a fórmula e jogar os dados de sorte. A determinação de ir contra a própria maré para conquistar definitivamente um pedaço ainda maior de espaço é admirável.


Definitivamente, é um álbum para levantar o seu astral - mas não por muito tempo. Músicas como "THE LONELIEST", "TIMEZONE", "IL DONO DELLA VITA" e "IF NOT FOR YOU", coincidentemente todas baladas, podem mexer com o emocional de qualquer um.


THE LONELIEST é a primeira balada da banda composta em inglês e, apesar de aberta à interpretações, pode ser um pouco mais pesada quando o assunto é morte. A música parece ter saído de um dos mais perfeccionistas arranjos teatrais: a voz de Damiano te carrega pelos altos e baixos da história contada - enquanto o instrumental o acompanha com a mesma eloquência.
TIMEZONE encerra o 'ciclo das saudades' do disco. É uma balada (com ótimos vocais), e se desenvolve como um desabafo pop-rock.
IL DONO DELLA VITA vem saciar a sede dos sedentos por músicas emotivas em italiano, e se distingue das outras baladas já feitas pela banda pelo conteúdo quase espiritual.
IF NOT FOR YOU é uma boa música, uma confissão pura de amor.

Ao meu ver, as músicas mais diferentes desse álbum são "KOOL KIDS", "BLA BLA BLA" e "MARK CHAPMAN", essa última cantada em italiano. Gosto de ver essa interação com o estilo punk e essas escolhas se mostram ainda mais certeiras ao vivo.


KOOL KIDS e BLA BLA BLA: Para quem não está acostumado, pode causar estranheza nas primeiras audições. A música não tem obrigação nenhuma de ser séria, a proposta é ser divertida - e consegue. Tudo melhora ainda mais quando os membros da banda relatam que "queriam gravar a música como os verdadeiros punks faziam".
MARK CHAPMAN: Assunto necessário para tema delicado. Eles não tem medo de colocar o dedo em uma ferida ainda aberta. A música relata a sensação de impotência que se sente frente à um stalker, sendo figura pública ou não.
Em alguns momentos, você se sente dentro da narração.

Impressões sobre as demais faixas:

  • OWN MY MIND, READ YOUR DIARY e DON'T WANNA SLEEP: Imagino como uma dessas músicas que se tivessem sido lançadas anos antes, passariam todos os dias no auge da programação da MTV. São dignas de se tornar algo viral e possuem temas bem definidos.

  • GOSSIP (com Tom Morello): Sem dúvidas, a faixa principal do disco. A "discussão" entre as guitarras me faz querer ouvi-la durante horas seguidas.

  • BABY SAID: Tudo indica que esse será um dos grandes sucessos desse álbum, e eu concordo.

  • GASOLINE: Essa música já estava sendo tocada ao vivo desde abril de 2022, e só faltava virar algo oficial. Se concretizou, e ficou ainda melhor na versão estúdio. Não apenas por assumir um posicionamento político, mas pelo tom revigorante atribuído à nova versão da música.

  • FEEL: Sinto leves influências de outros grandes artistas aqui, mas é uma das que menos ouço.



Ouça "Rush!":




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